«Qual é o objectivo de correr? Nenhum, apenas quero continuar a correr. Não tenho outra finalidade além da de continuar a correr enquanto puder. Corro para viver. Não posso viver de outra maneira.»
Quinta-feira, 01 DE Abril 2010

Ricardo às 00:00
Terça-feira, 02 DE Fevereiro 2010
"Disciplina é a parte mais importante do êxito."
Truman Capote
Comecei a treinar afincadamente para os 100Km de Bienne. E a fasquia, no que diz respeito aos treinos, está alta: tenho planeado 5 dias de treino por semana, algo que já não faço há muitos anos; um dia dedicado a séries na pista, o que para mim é muito aborrecido andar ali às voltas; e o propósito de nos dias em que não puder cumprir o plano na íntegra por falta de tempo, sair para correr nem que seja só 30 minutos.

A base do plano para Fevereiro é esta:
2ª Feira - 45' a 1h de CC
3ª Feira - Séries
4ª Feira - 45' a 1h de CC
5ª Feira - Descanso
6ª Feira - 1h a 1h30m de CC
Sábado - Treino Longo
Complementar, pelo menos em três treinos, com exercícios de reforço muscular (Abdominais, dorsais, flexões de braços...) e exercícios de flexibilidade e alongamentos.
A maior parte do treino longo é feito na mata em trilhos.

Gostava de poder fazer o primeiro teste da preparação n'Os Trilhos do Almourol, mas isso já é outra história...
 

 

http://aguentatesempre.blogspot.com/

Ricardo às 23:16
Quinta-feira, 31 DE Dezembro 2009

Ricardo às 16:44
Quarta-feira, 16 DE Dezembro 2009
 
Na edição de Dezembro de 2009 da Runner's World, (pelo menos na edição norte-americana) vem um artigo sobre os melhores corredores de sempre.
 

 
É claro que cada um puxa a brasa à sua sardinha, e os Americanos puxaram para a melhor performance de uma vitória de um corredor desconhecido e inesperado (não percebo nada de inglês, mas penso que esta a tradução anda muito perto...) como sendo o Billy Mills. Mas, até os americanos dão o braço a torcer e põem no "lugar de honra" a vitória de Carlos Lopes na Maratona Olímpica de 1984 duas semanas depois de ter sido atropelado. Recorde Olímpico da Maratona durante 24 anos.
 
De facto somos um país pequenino, mas temos gente muito grande...
Ricardo às 16:45
Sábado, 21 DE Novembro 2009

Este blogue está a chegar ao fim. Vou me mudar para um novo AGUENTA-TE SEMPRE no blogspot.

Porquê? Porque andei a fazer uns testes e umas experiencias nesta plataforma de alojamento de blogues e tem funcionalidades que ajudam a facilitar a introdução de novas mensagens, principalmente com fotos e/ou vídeos, e de seguir de forma mais eficaz os outros blogues por onde costumo parar. Aliás, esta foi a primeira razão para eu criar um blogue no blogspot.com.
Se puderes (e quiseres) podes seguir-me…
Ricardo às 12:29
Domingo, 15 DE Novembro 2009

Com o Paiva e o Meixedo mais à frente o Pena e o Almeida mais atrás, reparei que a distância não se tinha alterado muito, quer dizer que todos estavam dentro dos planos feitos. Continuo a minha corrida, novamente em direcção à ponte D. Luís e depois até ao Freixo, em bom ritmo e cheio de forças. E foi assim até ao km 30…

Avisto a placa com o número 30. Aponto para ela e digo: És tu!! E foi a partir deste quilómetro, como tinha previsto, que o ritmo começou cair. O cansaço começou a fazer-se sentir, as pernas começaram a ficar mais pesadas, a falta de treinos longos começaram-se a notar.
E aqui começa o “aguenta-te sempre!”: quando o cansaço é muito, quando as dores aparecem, quando todo o corpo nos pede para parar, começa a verdadeira corrida. Aguenta-te! E vai-se buscar as energias que já se não tem. O espírito eleva-se e podemos tocar o céu. É o Nirvana. A dor é passageira. O sofrimento é a droga que me faz continuar. Não me mata: torna-me mais forte. Cerro os dentes e “pra frente é que é o caminho!”.
E continuo a correr, fazendo sempre mais que os 5m/km, sem força nas pernas, mas com uma enorme força de moral: afinal de contas já tinha enfrentado muitos mais quilómetros.
Em direcção ao retorno do edifício transparente vejo o Paiva que já vem em sentido contrario, olho para o relógio, “força Miguel.”, e penso que ainda vai fazer abaixo das 3h30m. Retorno, vejo o Pena e depois o Almeida. Avenida da Boavista acima, em ligeira subida, e apesar das pernas não corresponderem muito bem ainda faço um último forcing. Meta à vista. A Isabel tira-me umas fotos (Era para lhe dizer que o António já ai vinha, mas não deu, só deu para isto
tão bem que eu fiquei… sou mesmo fotogénico…)
Meta, tempo do meu relógio: 3h33m11s
Vejo o Meixedo, conseguiu baixar as 3h25m, brilhante; pergunto pelo Paiva, um pouco acima das 3h30m, fica para o ano, sem lesões.
Uma aguinha e fico perto da meta para cumprimentar os companheiros que se avizinham: o Pena, brilhante também. Depois o Almeida, procura a Vitória, mas a foto finish desta vez só tem a vitória do objectivo plenamente alcançado.
Os meus objectivo também foram alcançados, apesar de querer fazer um tempo melhor, sei que perante o treino que pude fazer foi um tempo muito bom. Baixar as 3h30m e quem sabe chegar às 3h20m fica para as próximas Maratonas.
Ricardo às 23:59
Sexta-feira, 13 DE Novembro 2009

Tomo o pequeno-almoço às 7h. Depois faço a última verificação do equipamento. Tudo pronto, chamo um táxi: Pavilhão Rosa Mota, Partida da Maratona.

Ainda meio deserta dirijo-me ao cafezinho. Sento-me numa paragem de autocarro e saboreio o café. Quente sem açúcar.

Vou vendo os atletas que passam, nervoso miudinho no ar, e eis que descubro os primeiros conhecidos. Deito o copo no lixo e vou cumprimentá-los. Havia tantas coisas para falar mas o tempo não era muito.

 

E lá partimos com cada um a impor o seu ritmo. Nos primeiros quilómetros ainda segui de perto o Almeida e o Pena, mas depois os ritmos desencontraram-se. Eu quis aproveitar a pequena descida para ganhar algum tempo que iria perder depois. Aquela gestão do esforço não ia ser aplicada, porque eu sabia que o meu problema ia estar depois das 2h30m/30Km. E lá fui no meu ritmo ficando o Almeida um pouco para trás e o Pena um pouco à frente (qual foi o meu espanto que na viragem do edifício transparente vejo que o Rui Pena vem atrás de mim... até fiquei confundido... mas já sei o que se passou...)

E corri por ali fora, desfrutando ao máximo da corrida. O tendão de Aquiles portavasse bem, eu estava bem, não havia vento. Era uma alegria.

Ia eu, ainda em direcção à Ponte D. Luís e já via os primeiros lá do outro lado do rio. Estes já tinham feito o retorno da Afurada, se eu ia a correr aqueles ali iam a quê?

Nos abastecimentos pegava numa garrafa de água e levava comigo para ir bebendo. Só a largava uns 3 km à frente. Porquê? Porque os abastecimentos de 5 em 5 km são óptimos para quem os corre em 15 minutos, para mim que os demoro mais a correr é muito tempo sem hidratar e quando chego ao próximo abastecimento já posso levar sede, a sede é um mau sinal quer dizer que já vou desidratado, além disso caio na tentação de beber “mais que a conta”. Também tomei uns géis: aos 10 km, aos 20 km, aos 25 km e aos 35 km. Comi uma barra de frutas aos 30 km.

A entrada da Ponte D. Luís é o melhor local para ver a prova, afinal de contas passamos ali três vezes. Também é o melhor local que se passa na prova, há mais apoio (tomara que fosse assim o percurso todo). Os espanhóis são, de longe, os melhores apoiantes: Puxam por nós, dizendo o nosso nome (dorsais personalizados) com palavras de incentivos. É outra cultura desportiva que ainda não temos por cá, apesar de terem o Real de Madrid e o Barcelona e de serem campeões Europeus, não vivem só de futebol. Na TV falou-se mais do Paulo Bento do que da Maratona do Porto onde houve atletas portugueses que conseguiram mínimos para os campeonatos da Europa do próximo ano... enfim...

Em direcção à Afurada, incentivo os atletas que já vêm do retorno: A Fernanda Ribeiro, o Luís Mota, o António Pinto e mais alguns que vão passando, incentivo os espectadores, achei que estavam mais cansados do que eu. Vejo canonistas e remadores, pescadores e outras pessoas que estão a ver o que se passa mas que não sabem muito bem o que é.

Meia-maratona abaixo das 1h44m

Ricardo às 22:48
Quarta-feira, 11 DE Novembro 2009

A coisa esteve para não acontecer. Com a certeza de não ir a ter mais força que a incerteza de ir, os treinos longos não aconteceram como deveriam ter acontecido. Fiz alguns com o máximo de duas horas, muito pouco longos... Mas independente disso estava contente por estar rumo à maratona do Porto.

Foi no Porto, em 2007, que me estreei na mítica distância.
Cheguei ao Porto na sexta-feira, depois de duas viagens de avião que me deixaram de rastos e com dores nas pernas devido às horas parado e sentado sem sair do lugar. Depois de ter feito o chec-in no hotel sai para dar uma caminhada para esticar as pernas. Pensei 45' a 50'. Como não conheço o Porto meti-me numa estrada (circunvalação) como intuito de fazer 20' a 25' para um lado e voltar. Acontece que na hora de voltar avistei ao longe um M e alterei os meus planos dessa noite. Fiquei no Norte Shoping e comi um BigMac... (aqui na terceira não há MacDonald's, nem sei como aguento...)
O sábado foi passado no Porto a passear (andar em vez de descansar). Na feira da maratona levantei o dorsal e comprei o “Correr por prazer”. Esperava ter visto gente conhecida, mas não tive essa sorte. Continuei o meu passeio até ficar noite. Depois fui para o hotel. Onde jantei mais umas massas, que aquela pasta party foi muito fraquinha...
Ricardo às 19:17
Domingo, 08 DE Novembro 2009

Foi como eu tinha planeado:

Ataquei a corrida para baixar as 3h30m. Na maior normalidade, o meu passo está tão "automático" que me era difícil ir mais lento ou mais rápido.
Ao km 30, precisamente ao Km 30, o ritmo baixou. As pernas não davam para mais. Falta de treinos.
O tempo: 3h33m11s no meu relógio. O meu melhor registo na distancia.
Amanha, ou depois, passo a deixar um relatório mais extenso. Mas agora tenho que ir... Descansar.
Ricardo às 14:43
Quinta-feira, 05 DE Novembro 2009

A ansiedade aperta. Últimos dias.

Falatam 3 dias para a Maratona da Cidade do Porto.
Amanhã partirei aqui desta Ilha para o Porto, com objectivo realista: Chegar ao fim.
A deficiente preparação que fiz, nomeadamente a ausência de treinos longos, vendo a previsão do tempo que vai fazer no Domingo no Porto, não deixam espaço pensar mais alto. À partida será muito bom se eu acabar a Maratona lá pelas 3h45m.
Mas, há sempre um mas, os meus pensamentos para o dia não tem a ver com os objectivos realistas, e são estes:
-Não tenho corrido muito estes dias devido à dor que senti, acho que a dor está ultrapassada, mas não sei as sensações que vou ter no domingo quando começar a correr.
-Se me estiver a sentir bem, vou atacar os primeiros quilómetros como se fosse para baixar as 3h30m.
-Se vir que a máquina não está boa, vou tentar ir num ritmo confortável para chegar ao fim.
-Devido a ausência de corridas mais longas, sei que lá pelo km 30, encontrarei o muro. Depois é “aguenta-te sempre!”
(Treinasses mais...)
Ricardo às 17:49
Ultra-Maratonas

Volta à Ilha Terceira (83Km)
24MAI09 | 9h40m08s

Maratonas

Maratona do Porto
21OUT07 | 3h43m14s

Maratona de Lisboa
07DEC08 | 3h35m58s

Maratona do Porto
08NOV09 | 3h33m11s

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Aqui não diz quantos quilometros ele correu
O texto e bom e foi muito construtivo ler e o bom ...
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