Li ultimamente dois autores/corredores portugueses.
"Um desejo chamado 100 Kms" de Manuel Martins, que eu gostei, escrito com emoção de um corredor que fez pela primeira vez uma prova de 100 Kms e de como se preparou para ela. Um livro de fácil leitura.
"Correndo na madrugada" de António Belo, que acho algo confuso por ser escrito na 1ª pessoa do plural. O autor quis dar uma visão de "nós" corredores. O livro narra inúmeras provas que o autor fez, os treinos matinais e outros pormenores da corrida. Não gostei muito, principalmente porque é despido da emoção do "eu" corredor. Um livro que se propõe responder à pergunta "porque corremos?" e que no fim chega à resposta: "corremos por tudo isto". Pessoalmente não achei satisfatória a resposta. Corremos por tudo isto? Bem, o David Goggins diz "I don’t like to run", e não é menos corredor, nem corre menos por isso. O homem na verdade é um ultra-corredor que corre por algo mas que não é nada disto.