«Qual é o objectivo de correr? Nenhum, apenas quero continuar a correr. Não tenho outra finalidade além da de continuar a correr enquanto puder. Corro para viver. Não posso viver de outra maneira.»
Sexta-feira, 13 DE Novembro 2009

Tomo o pequeno-almoço às 7h. Depois faço a última verificação do equipamento. Tudo pronto, chamo um táxi: Pavilhão Rosa Mota, Partida da Maratona.

Ainda meio deserta dirijo-me ao cafezinho. Sento-me numa paragem de autocarro e saboreio o café. Quente sem açúcar.

Vou vendo os atletas que passam, nervoso miudinho no ar, e eis que descubro os primeiros conhecidos. Deito o copo no lixo e vou cumprimentá-los. Havia tantas coisas para falar mas o tempo não era muito.

 

E lá partimos com cada um a impor o seu ritmo. Nos primeiros quilómetros ainda segui de perto o Almeida e o Pena, mas depois os ritmos desencontraram-se. Eu quis aproveitar a pequena descida para ganhar algum tempo que iria perder depois. Aquela gestão do esforço não ia ser aplicada, porque eu sabia que o meu problema ia estar depois das 2h30m/30Km. E lá fui no meu ritmo ficando o Almeida um pouco para trás e o Pena um pouco à frente (qual foi o meu espanto que na viragem do edifício transparente vejo que o Rui Pena vem atrás de mim... até fiquei confundido... mas já sei o que se passou...)

E corri por ali fora, desfrutando ao máximo da corrida. O tendão de Aquiles portavasse bem, eu estava bem, não havia vento. Era uma alegria.

Ia eu, ainda em direcção à Ponte D. Luís e já via os primeiros lá do outro lado do rio. Estes já tinham feito o retorno da Afurada, se eu ia a correr aqueles ali iam a quê?

Nos abastecimentos pegava numa garrafa de água e levava comigo para ir bebendo. Só a largava uns 3 km à frente. Porquê? Porque os abastecimentos de 5 em 5 km são óptimos para quem os corre em 15 minutos, para mim que os demoro mais a correr é muito tempo sem hidratar e quando chego ao próximo abastecimento já posso levar sede, a sede é um mau sinal quer dizer que já vou desidratado, além disso caio na tentação de beber “mais que a conta”. Também tomei uns géis: aos 10 km, aos 20 km, aos 25 km e aos 35 km. Comi uma barra de frutas aos 30 km.

A entrada da Ponte D. Luís é o melhor local para ver a prova, afinal de contas passamos ali três vezes. Também é o melhor local que se passa na prova, há mais apoio (tomara que fosse assim o percurso todo). Os espanhóis são, de longe, os melhores apoiantes: Puxam por nós, dizendo o nosso nome (dorsais personalizados) com palavras de incentivos. É outra cultura desportiva que ainda não temos por cá, apesar de terem o Real de Madrid e o Barcelona e de serem campeões Europeus, não vivem só de futebol. Na TV falou-se mais do Paulo Bento do que da Maratona do Porto onde houve atletas portugueses que conseguiram mínimos para os campeonatos da Europa do próximo ano... enfim...

Em direcção à Afurada, incentivo os atletas que já vêm do retorno: A Fernanda Ribeiro, o Luís Mota, o António Pinto e mais alguns que vão passando, incentivo os espectadores, achei que estavam mais cansados do que eu. Vejo canonistas e remadores, pescadores e outras pessoas que estão a ver o que se passa mas que não sabem muito bem o que é.

Meia-maratona abaixo das 1h44m

Ricardo às 22:48
Olá Ricardo
cedo vi que estavas com fome de correr, fizeste um boa maratona, mais uma vez parabéns.
Também sempre muito bom ler os relatos de quem correu a prova, venham as palavras da segunda meia.
Abraço.
António Almeida a 14 de Novembro de 2009 às 20:47

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Aqui não diz quantos quilometros ele correu
O texto e bom e foi muito construtivo ler e o bom ...
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